Fadas, dragões, monstros de todas as cores, lendas de tirar o folego de qualquer um, dignas de grandes produções, um bom jogador de fantasy rpg conhece bem estes personagens, um mundo fantástico não? Mas será que é diverso?
O gênero fantasia não é recente, é recorrente desde as grandes Odisseias, as mitologias, romances medievais, as poesias épicas, bom, a uma diversidade incrível de gêneros literários que utilizam da ficção, sempre com aventuras fantásticas, de bravos heróis, monstros e reinos secretos.
Voltando aos games, podemos passar horas aqui mencionando uma quantidade inimaginável de jogos que desenvolvem sobre essa temática, e é sempre bom podermos viver estas aventuras.
Então vamos criar nosso personagem, podemos ser diversas criaturas entre elfos, goblins, caveiras, fantasmas, existem uma variedade, agora vamos de humanos, chegamos a personalização, só existem estas cores de pele?
A diversidade em jogos é um tema que vem crescendo muito hoje em dia, enquanto para uns é uma problematização sem sentindo, para outra grande maioria (Inclusive eu) trata-se de uma representação, aliás, é sempre bom se criar nos jogos, aliás, quem nunca sonhou em ser um poderoso mago? Ou um guerreiro impiedoso?
O livro Mapa do jogo: A diversidade cultural dos games de Lucia Santeela e Mirna Feitoza discute sobre esse aspecto, aliás, os games estão presente no dia dia de uma grande quantidade de pessoas, misturando tanto o imaginário como o cotidiano, buscando sempre a imersão do jogador, e para isso, dependem que aja a interação entre esses dois aspectos.
Para que essa imersão seja completa, é necessário que contemple o desejo do jogador, que o represente, ainda mais atualmente, com esse crescimento da indústria do entretenimento, aqueles que mais conseguirem agradar o público certamente serão os que irão decolar no mercado.
Não é à toa que o filme do Pantera Negra tem a maior bilheteria de super-heróis da história, assim como cada vez mais negros, LGBTQ+, mulheres, por fim, minorais sociais, estão ganhando mais espaço nessa Indústria do entretenimento e que mesmo assim ainda a diversas críticas sobre essa integração.
Podemos citar aqui um fato recente sobre o The Last of Us parte II que sofreu bastante com estas criticas por tentarem contribuir com essa difusão dessa diversidade e isso pode ser por dificuldades de aceitar que a sociedade é mutável, logo, o entretenimento tem que seguir essa onda de mudanças, e não viver um retrocesso de atendimento dos privilégios de uma classe que sempre tiveram condições de se sentirem imersos em qualquer fantasia.
Esse assunto não morre aqui, hoje existem diversas pesquisas referentes a esse debate, como exemplo disso temos o Conselho da Diversidade da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) que atualmente lançou o novo selo de Apoio e Incentivo à Diversidade na Categoria Diversidade Racial.
Cabemos destacar empresas desenvolvedores de games que sempre tenta trabalhar com essa temática, como exemplo a Uplay, Obsidian, Bethesda além de diversas empresas de games indies que em seus jogos apresentam essa diversidade de forma tão bem aplicada que a imersão tão desejada se torna algo prazeroso, tanto visualmente como representativamente.
Mas e então? Vamos criar nosso personagem novamente? E dessa vez certamente estaremos buscamos a imersão que tanto desejamos.
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